sexta-feira, 21 de maio de 2010

A Luta de um caboclo - Primeira semana







Primeira Parte

Era dia treze de janeiro de um mil novecentos e noventa e três e apesar de ser uma quarta feira, e em uma fazenda isso significar ser um dia de muito trabalho, eu me levantei bastante tarde, pois havia trabalhado até altas horas da noite anterior para terminar a preparação de umas terras para o plantio. Não me lembro se estava gradeando ou nivelando as tais terras. Era um dia de sol e fazia um tempo gostoso, pois, estávamos em pleno veranico, período no qual segundo os antigos, são determinados quais meses do ano terá chuva ou sol. Neste dia ou em outro qualquer não me preocupava muito com a idéia cultivada por alguns a minha volta de que levantar tarde, não é algo recomendável a um homem de honra e caráter. Sendo assim, sem nenhuma preocupação e me sentido extremamente cansado pêlos solavancos que um trator proporciona, levantei-me e fiz minha higiene pessoal, fui ao mato, lá não tínhamos banheiro dentro de casa. Tomei meu café e é claro fiz um belo cigarro de palha que na época era o que eu podia pagar. Naturalmente aquele dia não seria dedicado ao trabalho pesado apenas a trabalhos leves do tipo pegar o pneu furado de uma carroça, carregar alguns quilômetros até a beira do asfalto e num ônibus leva-lo até a cidade para consertar. (Levíssimo não? Tipo assim, um ser humano normal ao saber que tem que fazer isso, certamente senta e chora). Como essa era a minha tarefa naquela manhã, acompanhado de duas de minhas filhas fui até o local onde a coroça estava à beira da estrada quase dentro do mato. Com a força de meus braços ergui a carroça escorando-a com um pedaço de pau, retirei o pneu e quando já
estava pronto para ir embora vi minha esposa que estava vindo em minha direção. Ao avistá-la vindo do outro lado da aguada (Pequena mina d’água que inicia um riacho, que se transforma em ribeirão, em córrego... etc.) não sei se foi a maneira um tanto rápida como ela caminhava ou se foi meu sexto sentido que me mostrou que algo estava errado. Meu alarme interno despertou, me contando que havia algo de ruim acontecendo. Isto acontece em todos os momentos de minha vida e, seja para coisas boas ou ruins, não importa ele sempre aparece, é uma pena que nunca aprendi a interpretá-los, pois se tivesse aprendido talvez pudesse ter evitado algumas coisas... ou não. De qualquer maneira recebi o aviso e apesar dela estar muito próximo ainda tive tempo de me preparar internamente para que a notícia mesmo que muito ruim não fosse o bastante para me desmontar. Isto sempre foi meu maior medo. Ela atravessou rapidamente a pequena grota por onde descia a água que alimentava a represa e subiu do outro lado vindo ao meu encontro. Naquele momento houve um silêncio tão grande que parecia que eu podia ouvir o barulho da água que minava a algumas dezenas de metros acima ou ouvir qualquer galho ou folha caindo distante dali. Apesar da curta distancia entre nós aquele momento durou muito mais do que normalmente duraria. Notei em seu olhar que ela estava apreensiva, a ansiedade tomou conta de mim e naquele momento mil coisas passaram em minha cabeça, mas eu não conseguia fixar-me em nenhuma, pois a única coisa que prendia minha atenção era exatamente sua expressão que misturava preocupação e uma certa tristeza. Nesse momento tive a sensação de que nada mais existia a nossa volta, que tudo havia desaparecido restando assim, só eu, ela e o suspence que se instalou ali. Ela aproximou-se de mim com certa cautela e disse:

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Sabe o que vou fazer?

Vou reeditar através desta ferramenta meu primeiro livro "A Luta de um caboclo" cujo tema é a biografia de meu pai, José Rodrigues da Silva (Conhecido como Juca Lipurdino), um caboclo que teve como marca da vida(Virtude) ter coragem de se levantar e continuar cada vez que a vida o derrubou. Neste livro duas histórias se intercalam. A primaira é a dele, O Juca lipurdino e a segunda é a experiência pela qual passei em dois dias em que viajei da fazenda onde morava no muinicipio de Porto Esperidião - MT até a cidade de Alto Araguaia - MT onde fui velar e enterrar o corpo do caboclo, Juca Lipurdino.

Espero que todos gostem...

Um abraço

Ilto Silva

Minha Iniciação em Blogs

Pela segunda vez estou fazendo uma abertura para este... esta... este blog. Que legal eu tento blog! Estou entrando neste setor da informática com um objetivo mas não tenho certeza se estou com a ferramenta adequada. Mesmo assim vou continuar, afinal, todo mundo tem blog porque não eu? Enfim, aqui estou e, se esta ferramenta é o que penso, logo logo estarei desenvolvendo meu objetivo.

Abraços a todos que aqui passarem

Cuiabá 17 de Maio de 2010

Ilto Silva